quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Noticia Públicada pela Globo Nordeste No dia 19/10/11


Loja que vendia tecidos suspeitos de serem lixo hospitalar em Santa Cruz do Capibaribe (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Uma loja no centro de Santa Cruz do Capibaribe, Agreste pernambucano, foi interditada pela Polícia Civil, no início da noite desta quarta-feira (19). No local, agentes encontraram tecidos com caracteres em idioma estrangeiro, bem parecidos aos que estavam em outro depósito fechado na cidade, para onde iriam as cargas de lixo hospitalar apreendidas no Porto de Suape, no dia 11 de outubro.
De acordo com a polícia, o empresário suspeito de importar o material norte-americano retido em Suape é ex-proprietário do estabelecimento. “Após denúncias, constatamos que havia material suspeito na loja, que será encaminhado para perícia. Segundo o atual gerente do estabelecimento, o empresário suspeito de importar lixo hospitalar dos Estados Unidos é o antigo proprietário”, disse o delegado Magno Neves, titular da Delegacia de Santa Cruz do Capibaribe. 
Loja interditada em Santa Cruz do Capibaribe, por suspeita de vender material originado em lixo hospitalar (Foto: Katherine Coutinho / G1)
A polícia chegou à loja com uma ordem judicial, o que permitiu fazer a interdição.
Em Caruaru
Mais cedo, em Caruaru, também no Agreste pernambucano, a reportagem do G1encontrou outra loja que vendia, nesta quarta-feira (19), tecidos com inscrições em inglês, parecidos com os encontrados nos contêineres na última semana, no Porto de Suape. Segundo o dono da empresa, Jorge Torres, esses panos servem para fazer fronhas, lençóis e forros. Nos tecidos, é possível ler as inscrições "serviço de saúde" em inglês, como nos encontrados em um hotel em Timbaúba.
Torres contou que comprava esses itens do mesmo fornecedor, em Santa Cruz do Capibaribe, há cerca de seis meses e não tinha reparado nas palavras estampadas no tecido. "A gente compra lote fechado. Eu nunca imaginei que pudesse ter algo a ver", explica o comerciante, que não sabia ser proibida a venda no Brasil. "Eu compro por R$ 8,00 e revendo por uns R$10,00", acrescenta. O dono da loja disse que ainda não sabe o que fará com o material encontrado.
Uma compradora, que não quis se identificar, afirmou já ter visto retalhos com essas incrições no comércio. "Faz tempo, eu via muito, mas eu não comprava esse tipo de tecido", afirma a mulher, que comprava pano para fazer fronhas.

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